Participação no BM-S-40, Bacia de Santos (offshore), Brasil

Em novembro de 2020, a Karoon completou a aquisição de 100% da concessão do BM-S-40, compreendendo os campos produtores de petróleo de Baúna e Piracicaba, além de Patola como recurso descoberto (conhecido coletivamente como Baúna), da Petrobras.

A aquisição foi realizada pelo valor de US$380 milhões, além de uma prestação contingente escalonada de até US$285 milhões (mais juros acumulados), podendo variar de acordo com preços futuros de petróleo entre 2022-2026.

A Petrobras descobriu os campos de Baúna e Piracaba, localizados a aproximadamente 210 quilômetros da costa do Brasil, no sul da Bacia de Santos, em 2008. A produção começou em 2013, com taxas máximas de aproximadamente 70.000 bopd antes do campo entrar em sua fase de declínio natural. Em 2019, Baúna foi colocada à venda, pois as taxas de produção não eram mais consideradas relevantes para a Petrobras. No momento da conclusão da aquisição pela Karoon em novembro de 2020, a produção era em média de 14.800 bopd e, dos 170 MMbbl iniciais de reservas recuperáveis ​​2P, aproximadamente 138 MMbbl haviam sido produzidos. A transferência das operações da Petrobras para a Karoon ocorreu sem incidentes matérias de segurança e sem interrupções na produção.

Produção em Baúna

Em 30 de setembro de 2023, o desenvolvimento de Baúna consistia em 12 poços submarinos (incluindo dois poços Patola que foram adquiridos online em 2023), ligados através de linhas do fluxo no fundo do mar à instalação flutuante de produção, armazenamento e transferência (FPSO), Cidade de Itajaí. O FPSO é arrendado pela Karoon e operado pela Altera&Ocyan. O FPSO tem capacidade de movimentação de fluidos de aproximadamente 80 mil bpd e capacidade de armazenamento de aproximadamente 631 mil bbl de petróleo.

O petróleo bruto de Baúna possui alta qualidade, com API entre 33 e 38 graus e baixo teor de impurezas. O petróleo do campo é vendido sob um acordo de comercialização com a Shell Western Supply and Trading Limited (um membro do grupo Royal Dutch Shell Plc), por um preço semelhante ao do petróleo Brent.

A maior prioridade da Karoon e garantir uma produção segura, confiável e responsável.

Atividades de Desenvolvimento

Em FY23, a Karoon concluiu a campanha de intervenção de Baúna e o desenvolvimento de Patola.

Após mais de 18 meses de planejamento detalhado, a campanha de intervenção em Baúna teve início em maio de 2022. O programa envolveu a substituição de bombas elétricas submersíveis de fundo de poço em dois poços (PRA-2 e SPS-92) e a instalação de gas-lift em um terceiro poço (SPS-56). A campanha de intervenção de Baúna foi concluída com sucesso na segunda metade do 2022 e adicionou mais de 11.000 bopd à produção antes da retomada do declínio natural (em comparação com uma meta de 5.000-10.000 bopd).

Após as intervenções em Baúna, a Karoon iniciou o desenvolvimento do campo Patola. O campo, descoberto pela Petrobras em 2011, mas não desenvolvido, faz parte da licença de produção do BM-S-40, adjacente aos reservatórios de Baúna e Piracaba. O desenvolvimento de Patola incluiu a perfuração de dois poços de produção e a instalação de infraestrutura para produção submarina que estava ligada ao FPSO Baúna. O campo entrou em operação em março de 2023, com taxas de produção iniciais em cada poço de aproximadamente 12.000 bopd, em comparação com uma taxa total esperada de mais de 10.000 bopd.

O programa de intervenção de Baúna e o desenvolvimento de Patola foram concluídos com segurança, dentro do prazo e de acordo com o orçamento inicialmente previsto.

Neon

Em março de 2008, a Karoon obteve 100% de participação em cinco blocos de exploração offshore na Bacia de Santos, localizados a aproximadamente 200 quilômetros da costa do Estado de Santa Catarina, Brasil. Um desses blocos foi o SM-1037 (Neon anteriormente conhecido como Echidna).

O campo de Neon está localizado a 60 quilômetros a nordeste de Baúna. Foi descoberto em 2015 pelo poço de exploração Echidna-1, que fez parte da campanha de perfuração, da Karoon. O poço de exploração encontrou 100 metros de reservatório contendo petróleo e, durante teste, fluiu 4.650 bopd de petróleo de alta qualidade, 39 graus API.

Posteriormente, foram realizados trabalhos substanciais de análise, engenharia e estudos técnicos sobre o desenvolvimento potencial de Neon, com o objetivo de estabelecer como maximizar as taxas de recuperação e avaliar o potencial comercial da descoberta.

Em janeiro de 2023, a Karoon recebeu aprovações regulatórias para perfurar dois poços de controle na descoberta de Neon, que foram perfurados em janeiro de 2023 e março de 2023, após a conclusão da campanha de perfuração de Patola. Tal campanha de perfuração de Neon foi concluída por US$ 45 milhões, frente ao orçamento inicial de US$ 65-75 milhões. Ambos os poços apresentaram reservatórios contendo hidrocarbonetos consistentes com as expectativas pré-perfuração e reduziram a incerteza em torno dos principais parâmetros do reservatório. Após esta atividade, os Recursos Contingentes para Neon foram reavaliados, resultando em um aumento nos Recursos Contingentes de Petróleo 1C e 2C de 26% e 9%, respectivamente (referência ao comunicado ASX datado de 10.7.23 “Atualização de Recursos Neon”).

Em março de 2024, o Conselho da Karoon aprovou o Projeto “Neon Foundation” (que compreende a proposta de desenvolvimento do campo Neon) para entrar na fase de ‘Seleção de Conceito’ (Etapa/Portão de decisão 1). O trabalho durante esta fase procurará identificar o conceito preferido, bem como estudos adicionais para abordar os principais desafios econômicos e técnicos do projeto, centrando-se no caso negativo de recursos, otimização do desenvolvimento, mitigação de riscos e redução de custos de desenvolvimento. Até o momento, foram identificados dois conceitos potencialmente viáveis, sendo o conceito principal um desenvolvimento independente usando um FPSO existente disponível para reutilização.

Espera-se também que o trabalho realizado durante a ‘Seleção de Conceito’ avalie o valor de um potencial poço de exploração no prospecto Neon West, que poderia ser desenvolvido através de uma instalação em Neon. Os resultados do poço Neon 2, perfurados em 2023, reduziram o risco do prospecto Neon West, que fica dois quilômetros à oeste de Neon 2. A Karoon avaliou que Neon West tem recursos prospectivos 2U de 14,8 milhões de barris, com uma chance geológica de sucesso estimada de até 41%.

Sujeito a um potencial desenvolvimento de Neon que perpasse os obstáculos técnicos e comerciais internos em cada etapa de avaliação, o cronograma preliminar da Karoon visa a entrada na fase de Definição, incluindo Engenharia e Design Front-End, no início do AC25; e uma decisão final de investimento no final do AC25. Este cronograma está sujeito a uma decisão positiva de Portões de Decisão.

Goiá está localizada a 50 km nordeste de Baúna, na SM-1101. A acumulação de petróleo foi descoberta pelo poço de exploração Kangaroo-1 em 2013 e avaliada com um poço adicional (Kangaroo-2) que surgiu em novembro de 2014. Semelhante a Echidna, os poços Kangaroo encontraram petróleo de alta qualidade em reservatórios capazes de produzir em altas taxas. Os detalhes dos resultados dos dois poços foram publicados em um anúncio feito a ASX em 1º de agosto de 2013 e 15 de fevereiro de 2015. A descoberta de petróleo em Goiá e oportunidades próximas, como Neon West, serão avaliadas em relação ao potencial total de recursos do poço, área e viabilidade de um plano de desenvolvimento estilo hub neon, o que poderia trazer uma produção significativa para a Karoon.

S-M-1356, S-M-1482
Em dezembro de 2023, a Karoon garantiu 100% de participação em dois blocos de águas profundas (S-M-1536 e S-M-1482) durante a 4ª Rodada de Oferta Permanente da ANP para Contratos de Concessão. Esses blocos estão localizados a aproximadamente 80 quilômetros ao sudeste do Projeto Baúna, na Bacia de Santos.

Embora os dois blocos tenham sido concedidos à Karoon no final de 2023, eles foram executados pela ANP em 25 de junho e 26 de junho de 2024, respectivamente, e publicados no Diário Oficial no início de julho de 2024. O plano é continuar os estudos para avaliar a prospectividade desses dois blocos.